Há poucos dias, numa das minhas andanças pela web achei e pincei um poemeto do Paulo Leminski; uma pérola!
Parecia-me barulhento demais esse Mineiro no tal texto... e provocativo como gosto de ser, encaminhei para um dos seres mais silenciosos que conheço.
Parecia-me barulhento demais esse Mineiro no tal texto... e provocativo como gosto de ser, encaminhei para um dos seres mais silenciosos que conheço.
Engano, ledo engano e distração minha, para não falar da falha na interpretação...
Mais uma vez, rendo-me ao Mestre Manoel Nery (Você tem que ir ao blog dele! É muito bom, já te falei!).
Novamente observe atentamente o texto:
"Deus queria falar comigo
Mais uma vez, rendo-me ao Mestre Manoel Nery (Você tem que ir ao blog dele! É muito bom, já te falei!).
Novamente observe atentamente o texto:
"Deus queria falar comigo
Não Lhe dei ouvidos
Quem sou eu prá falar com Deus?
Ele que cuide de seus assuntos
Que eu cuido dos meus!"
Agora, observe a interpretação deste Ser silencioso que é o Manoel:
"O texto é paradoxal porque se apresenta pelo lado “barulhento”, mas o autor, embora se imagine escondido, não consegue reter sua sensibilidade.
Leminsk está dando ênfase ao silêncio: quando afirma que não deu ouvidos a Deus, está preservando sua audição; quer silêncio, nada de barulho.
Depois querer o silêncio, agora ele se interioriza com humildade: “quem sou eu pra falar com Deus”? Se Deus o tivesse escolhido, era encarar; não havia o que rejeitar.
Leminsk sabe que os “assuntos” de Deus são os homens; os homens em sua interioridade.
Perceba-se que o autor nivela a palavra “assuntos”, tanto os de Deus, como os “meus”, os dele.
Os assuntos de Deus são os homens, o Leminsk é homem; os assuntos de Leminsk são os assuntos de Deus.
Dessa coincidência no trato de assuntos, resulta que os dois vão se encontrar porque estão voltados para um objetivo comum.
O lugar de encontro só pode ser no coração."
Amigos, depois dessa, reservo-me o direito de permanecer em silêncio. Eu hein?!
Agora, observe a interpretação deste Ser silencioso que é o Manoel:
"O texto é paradoxal porque se apresenta pelo lado “barulhento”, mas o autor, embora se imagine escondido, não consegue reter sua sensibilidade.
Leminsk está dando ênfase ao silêncio: quando afirma que não deu ouvidos a Deus, está preservando sua audição; quer silêncio, nada de barulho.
Depois querer o silêncio, agora ele se interioriza com humildade: “quem sou eu pra falar com Deus”? Se Deus o tivesse escolhido, era encarar; não havia o que rejeitar.
Leminsk sabe que os “assuntos” de Deus são os homens; os homens em sua interioridade.
Perceba-se que o autor nivela a palavra “assuntos”, tanto os de Deus, como os “meus”, os dele.
Os assuntos de Deus são os homens, o Leminsk é homem; os assuntos de Leminsk são os assuntos de Deus.
Dessa coincidência no trato de assuntos, resulta que os dois vão se encontrar porque estão voltados para um objetivo comum.
O lugar de encontro só pode ser no coração."
Amigos, depois dessa, reservo-me o direito de permanecer em silêncio. Eu hein?!
4 comentários:
putz... fico feliz por vermos discussões reais por essas paragens!
abraços e volto sempre a esse lugar!
Mais feliz fico eu por haver quem leia.
Visite o Blog do grande Manoel, alí sim há coisa doutro mundo!
Mais uma vez, obrigado pela visita!
A casa é sua!
Huummm, adorei ver este texto aqui publicado, sabes bem disso.
Interessante mesmo é o fato de termos falado sobre o mesmo assunto não tem muito tempo, não é, meu caro?
Seus textos (seus e os dos outros que você publica) são sempre ótimos, algumas vezes fortes, outras leves, mas sempre com conteúdo.
E como o silêncio é uma arte, recolho-me agora, mas não sem antes lhe dizer: Parabéns!
Ora, ora, que feliz visita!
Ana nada acontece por acaso... o texto é simples, singelo, mas de um conteúdo magnífico. E claro, fica até muito evidente e lógico após uma interpretação dessas.
Obrigado por gostares, agora que sabes o caminho, apareça, Observe sempre!
Beijos e abraços
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