sábado, 27 de dezembro de 2008

Mas ela têm dúvidas, uai... natural!

Dizia ele: Afinal, não é porque minha mãe me deu uma cueca rosa, que eu terei que fazer um book fotográfico!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Dilúvio

Mais uma vez, quem é Mestre dá a cara, vai daí lagarta ou gafanhoto, dê seu palpite aqui ou lá no blogue dele!

Dilúvio


Das casas o teto contemplava o céu revolto,
Um grito suplicante entre os destroços.
A salvação estava nos morros; era fugir.
Mas os morros correram com medo
E se abraçaram aos fugitivos numa ternura conivente de um silêncio manso...
E escaparam libertos e libertinos saqueando as casas; levando-as de roldão,
Entupiram as estradas e cortaram o humano o socorro.
Os sobreviventes esperavam que a fome, a sede completassem o cerco.
Vestidas de vampiros, elas rondavam os que já não tinham lágrimas.

As águas roeram o morro,
O povo no sem-socorro
Andando na contramão.
E tanta vida enterrada
À força, na compulsão.
Dos vivos sobrou a cada
Uma vida sem razão.

Quem disse que este povo não é grande?
Quem disse? Pois é.
Organizou a reação com tanta força que a natureza se enrubesceu do papelão.
Fosse acertar conta com aqueles que mexeram com ela.
Vingança barata e aleatória contra um povo indefeso e inocente!
Assim não! É covardia.
Mas a massa se muniu de armas,
Encheu a barriga dos gafanhotos,
Nutriu as lagartas e lá se foi
Em defesa do que restou.
Um cenário de guerra estrangulou a terra.
Mas as providências vão chegando para aliviar tantas orfandades.
Por sobre um povo por que tanta sina,
Que o manto rasga a Santa Catarina?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

A certeza da natureza

"A consciência de uma planta no meio do inverno não está voltada para o verão que passou, mas para a primavera que irá chegar.
A planta não pensa nos dias que já foram, mas nos que virão. Se as plantas estão certas que a primavera virá, por que nós - os humanos - não acreditamos que um dia seremos capazes de atingir tudo o que queremos?"

Kahlil Gibran - Cartas de Amor do Profeta

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Pensadura ao cair da noite... II

Memória.

De formiga não vale a pena.

De elefante dói.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Comumente é assim

Já Observei algo dele por aqui; excelente, denso, completo...
Vladimir Vladimirovich Mayakovsky, (1893-1930).

Comumente é assim

Cada um ao nascer
traz sua dose de amor,
mas os empregos,
o dinheiro,
tudo isso,
nos resseca o solo do coração.
Sobre o coração levamos o corpo,
sobre o corpo a camisa,
mas isto é pouco.
Alguém
imbecilmente
inventou os punhos
e sobre os peitos
fez correr o amido de engomar.
Quando velhos se arrependem.
A mulher se pinta.
O homem faz ginástica
pelo sistema Muller.
Mas é tarde.
A pele enche-se de rugas.
O amor floresce,
floresce,
e depois desfolha.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Pensadura ao cair da noite...

Onde põe a mão quebra. As vezes sem querer.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Geometria Fractal

"Fractais (do latim fractus, fração, quebrado) são figuras da geometriaEuclidiana. não-

A geometria fractal é o ramo da matemática que estuda as propriedades e comportamento dos fractais. Descreve muitas situações que não podem ser explicadas facilmente pela geometria clássica, e foram aplicadas em ciência, tecnologia e arte gerada por computador. As raízes conceituais dos fractais remontam a tentativas de medir o tamanho de objetos para os quais as definições tradicionais baseadas na geometria euclidiana falham.

Um fractal (anteriormente conhecido como curva monstro) é um objeto geométrico que pode ser dividido em partes, cada uma das quais semelhante ao objeto original. Diz-se que os fractais têm infinitos detalhes, são geralmente auto-similares e independem de escala. Em muitos casos um fractal pode ser gerado por um padrão repetido, tipicamente um processo recorrente ou iterativo.

O termo foi cunhado em 1975 por Benoît Mandelbrot, matemático francês nascido na Polónia, que descobriu a geometria fractal na década de 70 do século XX, a partir do adjetivo latino fractus, do verbo frangere, que significa quebrar.

Vários tipos de fractais foram originalmente estudados como objetos matemáticos."

Fonte: Wikipédia

Em suma... BOA VIAGEM!




quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Tempo que volta sempre

O tempo passou,
mas ficou no sangue,
na bomba mestra
e ela não mente
Agora nos meus dedos
O teu sangue
Na unha, a pele
O cheiro da pele.
Entre os dentes
Fios crespos sem permanente
Se o tempo passou,
paciência!
A paixão
o carinho
a tara
Tudo há de ser inerente.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

No corpo, a poesia é o presente!

NO CORPO

De que vale tentar reconstruir com palavras
o que o verão levou
entre nuvens e risos
junto com o jornal velho pelos ares?
O sonho na boca, o incêndio na cama,
o apelo na noite
agora são apenas esta
contração (este clarão)
de maxilar dentro do rosto.

A poesia é o presente.

*Ferreira Gullar, ou tio José como alguns preferem...

Uma carta

Querida e sempre amada,


Notícia tua é sempre bom, mas me preocupa a tua tristeza.
Um dia conheci uma mulher maravilhosa, verdadeiramente linda, forte, com gana demais, viva, brilho nos olhos e pela face graças aos avanços da cosmética, uma mulher plena de seus sentidos, com valores sólidos, obstinada, e claro, duma felicidade pela vida que cativava à todos, o que houve?
Era uma mulher tão maravilhosa que por ela qualquer mortal em sã consciência pararia tudo só para vê-la e ouvi-la um pouco. Desejada sim, vi com os meus olhos e com os dos que me acompanhavam o transtorno que corria numa simples aparição. É aparição porque tinha passos de fada, parecia flutuar. E a voz? Um bom dia dela mudava a vida de qualquer um! Era duma doçura, duma delicadeza que me embriagava, me deixava completamente sem ação, estático, nem suspiro cabia... por onde anda essa mulher? Quem ou o quê ousa tentar retesar a magnitude dela?
Acredito que seja passageiro, afinal, por mais cegos que nos façam, um dia a venda cai e voltamos a si. Essência não se perde só assim.
Ter notícia tua é sempre bom, mas não lembrar do que vivi é impossível. Você que tem sangue nobre, princesa, estudada, viajada, uma lady farta de cultura e conhecimentos, explique-me como toda essa distância que nos afeta tanto, que não serve somente de medida, pode nos ser útil?
A falta do toque na sua pele macia, do seu aroma único, o hálito fresco...
Saudade é bom demais aos calos dos outros! Perdoe-me se não me faço de fácil compreensão, mas é que poderia ser melhor!
Ah, como seriamos felizes noutras plagas, ouvindo outras estórias e fazendo outras tantas somente nossas, seguindo, deixando a vida correr e ir ao lado dela de mãos dadas.
Assim mesmo, bem besta, um tipo doce, no limite do "quase que mela".
Nesses tempos a nossa preocupação é outra, com o tempo e a vida que chamam de moderna, desaprendemos, trocamos a pureza pelo orgulho, a doçura pela conveniência e as coisas ditas bobas viraram sonhos distantes, jogados num canto junto com os nossos segredos; trancados em nós mesmos.
Naquele momento em que a nossa vida quase se esbarrou, ficaram impressas suas marcas, as marcas do magnetismo, da simplicidade, da beleza da sua alma em meu caminho sinuoso.
Os parcos e importantíssimos espaços que ocupaste, ficaram vagos, à espera de inquilino, fechados, sem realizarem o sentido merecido, porém guardados.
O motivo desta carta se perdeu nos meus sonhos e nas lembranças enquanto escrevia, e acho que até deixaram de ter a importância, mas tenha a certeza que por mais que tenham acontecido muitas coisas desde o tempo que me apaixonei, teu lugar de amada, de musa, de pura emoção permanece intocado.

Com saudades,

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Tristeza

Esse eu pesquei bem dali do blogue do Mestre Manoel Nery.
Claro, pesquei por ter gostado, mas tem endereço próprio!

Tristeza

Tristeza é um sentimento do sujeito com piedade de si mesmo; eu sou vítima de uma perda, de uma ingratidão, de um não reconhecimento que eu esperava.
É a dor de esticar a mão e não alcançar o objeto, o braço encolheu; a tristeza tem causa em algo que nos escapou; portanto, nutre-se do passado.

Na perda de um ente próximo, quando se exaltam suas qualidades, por trás do que se diz, fica a impressão de que a exaltação se dá pelo que se perdeu com a ausência dele.

Assim a tristeza se veste com roupas antigas e se mascara com o novo; sabe conduzir a mente a voltar-se para as periferias si mesma.

A tristeza tem o dom de tornar um ambiente escuro, sombrio; não se saber abdicar do que se perdeu; não se aproveita a derrota para aprender algo; não se cresce com a derrota.

A tristeza nos arrasta para o passado e o passado é um tempo fora de nossa realidade aqui e agora. Viver no passado é alienar-se, sair de si mesmo para um tempo que já não mais existe; ai a tristeza faz ninho.

Mesmo na perda mais pessoal é preciso entender aquilo com um exercício de abdicação, de solidão, uma possibilidade de despertar outras potencialidades que se encontravam latentes.

Cíclico

Somos rodeados por ciclos e nem nos damos conta no dia a dia. Mas como podem ser úteis?
São os mais diversos, têm início, meio e fim, compõem e movem tudo; o dia é um ciclo, as marés, as estações e por ai vai, a vida é um ciclo finito, feito de ciclos menores. Tudo é parte de ciclos.
Se é sabido, o que falta é compreender; ligar os pontos! Tudo é "muito simples", na agricultura é assim e pode ser um grande exemplo. Todos sabemos que o ciclo do feijão é um. Ignoro o ciclo, mas sei da existência. Nas outras coisas relacionadas à vida, ocorre de maneira semelhante.
Se para tudo existe um ciclo, assim como no feijão, basta saber a hora, o time do ciclo. O feijão sei que existe um período do ano, dependendo de fatores externos também, como temperatura, umidade, pressão, que é favorável ou não ao plantio. E que se realizado no período mais apropriado, tratado em condições favoráveis, com cuidado, pode gerar uma linda florescência e conseqüentemente excelentes frutos, que por sua vez nos dará uma farta colheita. Mas olha como têm ciência, já sabemos que não adianta tentar colher os frutos enquanto estão na fase da florada, pois teremos flores, e não frutos, a não ser que queiras as flores, desinteressante no caso do feijão... Se plantado no período da colheita, mesmo que tenham outros fatores externos positivos, a colheita deste plantio será fraca. Talvez se plantado na época da colheita, só colheremos praga.
O feijão é simples. Existe até um Instituto do Feijão(!). Entre em contato e darão todas as dicas, dirão que existem um tanto de tipos, assim e assim, e tem folhetos, e formulas quase prontas, feito receita de bolo.
E na vida? Se nos considerarmos de tipos, regiões distintas, nascidos de outros feijões com outro tanto de peculiaridades, boas ou não, num exato segundo, num exato local...
O negocio é o seguinte, se o time existe, qual o meu? Qual o seu? O meu casa com o seu quando? E quando não? Não adianta, não tem o Instituto da Pessoa, só o dos Feijões, e aí?
Olha que interessante, no dia que você nasceu, se tirássemos uma foto do céu, olhado daquele ponto geográfico, teríamos um panorama, com o Sol num canto a tantos graus, a Lua noutro, Júpiter noutro etc, mas se andássemos dez quilômetros para a direita ou esquerda seria outro. Uma estrela a mais nasceria num canto e uma outra morreria e os ângulos com os corpos celestes mais próximos da Terra seriam outros. Na China por exemplo, seria outra foto, completamente diferente.
Se a terra, por conta de muita energia surte efeito em nós, a começar da gravidade do nosso planeta e também a influência magnética dos outros corpos celestes, podemos dizer que o feijão da China é diferente do nascido aqui no mesmo instante.
Então, a vida, um ciclo não repetitivo que teve início no momento do nascimento, teve início com mais energia em determinados assuntos por conta de ângulos exatos ou não com determinados planetas. Se você acompanhou realmente até aqui, imagine só: o ciclo tem início, meio e fim. Pode ser repetitivo ou não. Então podemos dizer que o momento exato do seu nascimento é único frente à latitude e longitude em ângulos com os corpos celestes, e por conta de dois objetos não ocuparem o mesmo lugar ao mesmo tempo, você é único!
Mas falávamos que esse ciclo é formado de outros ciclos, sim, e ele termina e inicia no exato momento do seu aniversário, ou não? Quando a terra der uma volta completa no Sol ou se quiser exatidão de números aos 365 dias 5 horas 48 minutos e 45 segundos após. Se é o inicio e o fim de um ciclo, o seu aniversário é um momento mais que especial, é mágico!
Claro, afinal aquele inicio de ciclo terá tônicas pertinentes à "soma" do momento do seu nascimento com aquele momento, favorecendo itens e desfavorecendo outros. Digo soma, mas não é nada disso, apenas uma forma mais branda, existe um monte de cálculos físico-matemáticos acerca disso, mas haverão alterações por conta das angulações dos corpos celestes e a influencia delas no momento do seu nascimento.
Se formos entrar mesmo no mérito a conversa vai muito longe, e é boa, mas o ponto alto é descobrir o time. Quando plantar? Quando colher?
Tem ciência! Astrologia. Substitua a palavra foto por Mapa Astral, ou Mapa Natal e o nome do assunto que falava é: Revolução Solar. Pesquise! Funciona, é ciência não é oráculo!


*Em tempo, não sou astrólogo, mas respeito demais a função!
E não estou para explicar, estou para despertar, provocar!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Respeitável Público!

Estou desenterrando alguns entreveiros em linhas tortas e outras pensaduras que deixei por ali. Não está na ordem cronológica, mas vale o momento, a lembrança.

Respeitável Público!

Foi muito emocionante. A arena do circo estava lotada, pequena, mas lotada, uns 200 ávidos espectadores.
Eles compravam pipocas, refrigerantes e ajustavam as máquinas para o momento da entrada dos atores.
Como sempre, atrasado o início. Cheguei um pouco tarde (ou será que madrugaram ali? Não sei, afinal fãs maiores não existem!) e acabei ficando no fundão, mas estava lá, presente de corpo e alma. O frio na barriga e o nó na garganta de todos era visível, comigo não seria diferente. Teve direito a tudo: holofotes, brilhos e efeitos, direito até àquela velha chamada: " Respeitável público...".
Suava. O lugar é ventilado, mas a gente não sua só de calor.
Abriram as cortinas e o Espetáculo começou! Cada um que aparecia no palco, alguém pulava na platéia.
Flashs, filmes, gritinhos, acenos, uma excitação generalizada!
Primeiro apareceu um dos meus favoritos; estava lindo! Que interpretação... A delicadeza de cada gesto... Sim, ele ficou parado olhando para cima, admirando o cenário e as luzes, e nada mais, mas foi muito bom, afinal estava de palhaço!
O outro apareceu depois, noutro ato, lindo também. Sentia-se A Estrela do grupo e era!
Ao findar muitos aplausos, longos minutos e todos em pé.
No palco eles pulavam de alegria pela excelente apresentação.
Na platéia, nós em êxtase profundo, olhos marejados com a doce certeza e lembrança que no ano que vem haverá outra festa de encerramento do colégio.
Parabéns e muito obrigado meus filhos!

Dezembro/07

Es'sacana?

Cana
Essa cana
És sacana?
que nada!
Puro e doce
Feito garapa!
Cortas,
Esmagas,
Torces,
Sorves a última gota.
"Bom demais!
E o pastel à acompanhar?"
Tinha e se acabou

Fecho a barraca.

O trabalho nem sempre é bom?

Existe uma constante, o trabalho nem sempre agrada... já pensou em mudar?
Que tal um lugar onde seu chefe nunca faz visitas? Frente mar, aliás, com visão panorâmica para o mar? Friozinho? Interessou? Veja o filme abaixo, encaminhe seu curriculum vitae e boa sorte!
Ah, não espere visita minha!




Não gostou? Então volte a trabalhar feliz! Poderia ser bem pior!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dia do Sexo - 06 de setembro

Tem dia para tudo no nosso calendário, mas uma das coisas mais importantes era quase que ignorada: O SEXO. Sabemos que se deve ao puritanismo, preconceitos, tabus e outras coisas, não quero me deter ai, mas a sociedade "evoluiu", ou não?
Calma, a proposta não é nenhum tipo de festa, ou suruba propriamente dita, com ingresso pago, comes e bebes e ala vip, é apenas "um dia para a sociedade brasileira discutir abertamente o assunto, mostrar o seu lado positivo, quebrar tabus, acabar com preconceitos e, é claro, fazer sexo."
Numa campanha pra lá de inteligente a marca de preservativos Olla acaba de lançar a data: 06 de setembro. Além de ser véspera de feriado é uma data muita sugestiva: 6/9!
Grandes empresas como MTV e Vírgula.com apóiam a iniciativa, faça o mesmo, na pior das hipóteses lembre-se da data, servirá como mais uma cantada barata!
Cientisas aprovam, dizem que mantem a pressão vascular estável, previne queda de cabelo, melhora o humor, evita o stress, faz bem para a pele...
Ainda precisa de uma justificativa melhor?

"Sexo é hereditário. Se seus pais nunca fizeram, você não fará!"
David Drew Zing

quinta-feira, 17 de julho de 2008

O Sapo, um conto Zen

Se existem três sapos numa folha, e um deles decide pular da folha para a água, quantos sapos restam na folha? Resposta certa: três sapos! Porque o sapo apenas decidiu pular mas ele não fez isso. Às vezes a gente não se parece com o sapo?
Quando decidimos fazer isso, fazer aquilo e no final não fazemos nada? Na vida temos que tomar muitas decisões. Algumas fáceis outras difícies. Rir é correr o risco de parecer tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento. Expor as idéias e sonhos é arriscar-se a perdê-los. Amar é correr o risco de não ser amado. Viver é correr o risco de morrer. Ter esperança é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de falhar.
Os riscos precisam ser enfrentados porque o maior fracasso na vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca nada, não faz nada, não tem nada, é nada. Ela pode evitar o sofrimento e a dor mas não aprende, não sente, não muda, não cresce, não vive. É uma escrava que teme a liberdade. Apenas quem arrisca é livre.

Texto extraído na integra daqui!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Se eu fosse Lupiscínio

Antes que perguntem ou achem qualquer coisa, este poemeto não tem nada haver com momento pessoal atual, a postagem ocorreu pela identificação de um tempo distante e até repetido, mas que não chegará (muito provavelmente) aos olhares desatentos de quem recordo; gente que pouco Observa, e que até onde sei, não Observa nada por estas paragens...
Desfrutem de qualquer forma, é bonito e do Castelo; aquele do conjunto Língua de Trapo! Não é do seu tempo? Não lembra? Ah, paciência, visite a página dele, é um excelente blogador!

SE EU FOSSE LUPISCÍNIO

Eu não sou o Lupiscínio
Ai meu Deus, quem dera fosse
Pôr o mal que você trouxe
Num sambar de tirocínio

Eu não sou o Noel Rosa
Mas bem que podia ser
Desdenhar seu proceder
Através de verso e glosa

Estou à léguas de Francisco
Não freqüento Caetano
Nem seu círculo baiano
Sou poeta à conta e risco

A quilômetros do Tom
E se fosse assim tão bom
Não perdia o tempo amigo

Descrevendo o pormenor
De um romance tão menor
Como foi o meu
contigo

terça-feira, 24 de junho de 2008

"Ansiedade", mas não é meu... caiu do céu!

A modernidade fez com que todos os meus papeis fossem transformados em arquivos. Nada mais de lembretes, versinhos, testículos (de textos pequenos) ou coisas assim em papel. Tudo é arquivo devidamente arquivado, desorganizado em uma organização própria dentro de um notebook.
Hoje quando procurava por um e-mail achei um outro que nem me lembrava. Retirei o texto não sei de onde e como não deixei marcas, não sei qual foi seu ilustre autor. Seja de quem for, se souberem, me informem para dar devido crédito, afinal não é meu, mas adorei reler isso hoje.
É engraçado, tem coisas que fazem tanto sentido para nós em certos momentos e caem assim, do céu...

Ansiedade

O asco que me corrói a vida; esta boca amarga; esta saliva de mistura com areia que eu tenho de engolir; um cheiro ruim me invade as narinas e eu não vejo para onde escapar porque, para onde eu for, ali estou eu com meus mil anos entalados no peito, atando um nó que me tira o ar e, em desespero, sinto-me sufocado, capaz de,em fração de tempo, cometer os piores desatinos, motivado por essa coisa que me nega a razão.
Estou só e minha solidão nutre a insegurança e o medo cresce; aborreço-me de qualquer presença, embora compreenda que, só por ela, eu consigo acalmar essa ventania que me torce os nervos e se enrola dentro de mim, parecendo levar os órgãos do estômago a se dispersarem num vôo para lugar algum.
Estou só; os de fora não entendem a singularidade de minha apatia; ela cresce em descrença de tudo; por vezes me vem uma sombra, um desejo de antecipar o tempo, numa explosão vazia. Não faço isso enquanto houver unhas para roer, até que alguém me ridiculariza pelo estrago.
Bem que eu podia ficar sem essa; sinto-me ofendido e transfiro meu tédio para o ofensor; não conhece meu drama; centro nele meu asco amargo e me esqueço de mim mesmo... então percebo o início de uma mudança; foi tão simples; foi apenas um locomover da mente, uma alteração de foco. Passada a sexta-feira santa, eu já encaro a vida com olhos de sábado de aleluia. O que aconteceu comigo? Ah! Já sei: foi apenas o esquecer de mim mesmo; foi apenas um desvio da mente para outro lado.
Eu teria me livrado de tudo aquilo se tivesse feito convergência no coração, porque ali está a cura de todos males. Entendo agora aquela máxima, segundo a qual “o coração tem razões que a própria razão desconhece".

domingo, 22 de junho de 2008

Colagem de quem morre aos poucos... será?

Morrer exige um bocado de vida, de vivência.
Não faz sentido? Leia a mais esta colagem de texto do querido amigo Manoel Nery!

A morte de mim mesmo


Há muito tempo sim, venho morrendo. Cada abdicação é um ato de morrer. A abdicação não é morte que aniquile; é morte que vivifica.
Se temos consciência de que em nós, outros valores fazem morada, é preciso que os consideremos no conduzir nosso destino. No convívio desses valores, precisamos abdicar da palavra e dos pensamentos; esses dois abdicares são os requisitos que encontram afinidade com a morte.
Não abdico dos bens porque não os tenho; mesmo se os tivesse, não me teria prendido a eles; não são os bens que nos dissipam; nós é que nos dissipamos pela obsessão com que os preservamos.
Se eu vou precisar fazer uma prova na faculdade, eu preciso estudar, preparar-me; por que não adotar o mesmo critério se a morte é uma prova? De maneira que minha abdicação seja um ato de adaptação ao que está por vir.
Morro todo dia na minha condição de recluso; morro todo dia e a solidão vem me cochichar segredos de outras instâncias, onde a sabedoria é cantora mestra; fico motivado por aderir-me ao coral dos espíritos que souberam afinar-se nos diapasões de outras plagas. Ali a sabedoria dá o tom e as vozes se espalham pelos recantos do sem-fim.
Deixo meu testamento composto de intenções; é só pegar e registrar como de cada um; os herdeiros serão aqueles a quem servirem os bens de meu testamento.
Deixo minha alma entre amigos; ela será testemunha de que não soneguei o saber, já porque nada sabia.
Por fim peço a meus amigos que, se encontrarem algum espólio de mim em seu coração, dividam com outros; que a semente se propague de geração em geração.


Fora disso, é o vazio em que já vivo, celebrando a cada dia a morte de mim mesmo.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Cognosco

Como disse um amigo meu, ainda bem que ele não se atreve entrar na minha seara, caso contrário eu enfiaria a viola no saco e ia cantar em outra freguesia...

Pessoal, Observem este blog português: Cognosco

A organização de pensamento, os títulos, os temas variados... o blogador é muito bom.

Fiquei feliz por ter encontrado, tenho mais uma fonte leitura inteligente!

Aproveite! Desfrute!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Para que serve o amor?

Uma imagem vale mais que mil palavras, clichezinho velho, mas comprove neste curta francês:

segunda-feira, 31 de março de 2008

Copia meu filho!

Ter um blog exige uma certa dose de paciência, criatividade e tempo. Itens caros no mundo de hoje e difícil de termos todos os dias.
Resultado? Copiar e colar ou o tão simples crtl + c e crtl +v.
Mas isso é tão obvio que existe até um blog: Copia meu Filho.
Passa lá, hoje não vou copiar nada.

Dois corpos que caem

Eu estava procurando um vídeo para a Observação abaixo, e econtrei esse aqui.
Um outro programa que não existe mais, Contos da meia-noite.
Aqui, interpretado pelo Abujamra o texto de João Silvério Trevisan, Dois corpos que caem.
Sensacional!

domingo, 30 de março de 2008

Provocar

Os que me conhecem sabem o quanto gosto desse verbo. Provoco algo e paro para Observar. Às vezes, para não chocar, aviso que estou somente provocando. Estranho, quando faço isso parece que muitas pessoas se empolgam e a provocação pega um tom bacana e o provocado deixa-se levar, rendendo um bom caldo.
O assunto pode ser qualquer um. Basta tê-lo somado a uma dose de paciência e ouvidos limpos.
Provocar exige uma certa rapidez de pensamento, não é tão fácil, exige treino, mas faz bem para os dois lados: provocado e provocador.
Alguns sabem que sou um tanto crítico à qualidade da programação das TV's disponíveis, ainda que eu confesse que assista à tudo, mas existem algumas coisas que realmente se destacam. Existem alguns quase oásis em meio à porcaria geral, e ainda bem que existem!
O maior Provocador que existe hoje é o Antônio Abujamra e o programa, claro: Provocações
Não viu ainda? Está perdendo, realmente vale a pena!

É um programa de entrevistas com abertura e encerramento com leitura de um texto de algum autor bacana ou adaptado.
Veja esse aqui lido pelo Abu (Como é conhecido): chama-se Provocações e é do Luís F. Veríssimo.
É necessário Windows Media
Divirta-se, provoque, observe.

quarta-feira, 26 de março de 2008

O Homem da Máscara de Ferro

O filme é novo, 1996, com aqueles elencos americanos que prefiro não me deter muito, Leonardo diCaprio etc e tal, mas isso aqui foi de outra época.
Coloque ao filme uns 40 anos a menos, lá numa cidade típica do interior do nordeste, mais precisamente do Maranhão.
Havia numa família, uns 10 filhos, vida apertada, nada muito fácil. Brinquedo nem pensar. Quando muito um carrinho feito de lata de óleo e o que mais houvesse à mão. Casa modesta e por sorte, de fundo para um rio caudaloso. Bom mesmo era brincar no rio e comer manga verde no pé.
Na lide diária, tudo era dividido. Uns varrem, outros lavam a louça, outros cozinham, além de estudar. Outra sorte dessa família, que fez todos filhos Ingenhero ou Dotô.
Não se sabe ao certo se por ler algo à respeito ou ouvir alguém dizer alguma coisa, mas um dia, durante a lavação das panelas do almoço na beira do rio, tarefa que deveria ser cumprida com esmero e dedicação, deixando o fundo feito espelho, um dos meninos pegou uma das panelas limpas e colocou sobre a cabeça. Brincando como qualquer criança, dizia aos irmãos ser o Homem da Máscara de Ferro, gritava e mergulhava na beira do Rio com a panela sobre a cabeça. Ele ficou fascinado, como a panela era funda, podia mergulhar que sobraria algum tempo a mais de ar.
Naquele dia, brincou com essa estória enquanto os demais terminavam a louça. Ele gritava: Eu sou o Homem da Máscara de Ferro! Eu sou... E mergulhava feliz enquanto os outros achavam graça.
Findada a tarefa, e alguns mergulhos mais tarde, ele tentou tirar a panela, mas não conseguiu.
Foi um tal de puxa daqui e força dali, mas mesmo assim, nada.
A agitação da criançada logo chamou a atenção da mãe. Temida naquele momento por conta dos possíveis tapas e castigos. Mas na verdade, talvez ela tenha ficado mais assustada que todas as crianças.
Após conseguir se acalmar tentou com tudo o que era produto escorregadio que estivesse à mão. Óleo, vaselina, sabão, mas nada da panela sair.
A criança já havia parado de chorar, mas quando lembrava da surra que poderia pegar logo após a retirada, a lágrima corria pela face.
Veio a vizinha, a outra e uma filha, e nada. Um peão mais forte levantou o menino do chão pela panela, e quem disse que saia do lugar.
Se havia algum consolo para o menino da panela não sair,era a possibilidade da surra ser menor, uma vez que não estava de todo recuperado; poderia ser tratado como um doente. E estranhamente, isso o deixava mais feliz! Ao mesmo tempo quando ouviu falarem em chamar um ferreiro na vila ao lado um frio subiu lhe o espinhaço. Ficava ali, com a panela na cabeça e a mente longe pensando como que seria a forma do ferreiro ajudar. E se ele errar e me machucar, pensava o garoto.
O tempo ia passando e o clima na casa ficando cada vez mais pesado. O menino chorava, a mãe gritava, os outros irmãos assustados brincavam com o fato, e era vizinho e mais vizinho que chegava para ver o ocorrido e tentar ajudar e nada da situação acabar.
Foram muitas pessoas que tentaram, de reza a graxa, mas não houve quem conseguisse, até aparecer o Dotô, primo do cunhado do vizinho, que por um acaso estava de passagem por ali.
Entre clamores e pedidos de misericórdia o Dotô veio até o menino, a essa hora já devidamente conhecido e identificado por todos da região como o Homem da Máscara de Ferro, atual, verdadeiro, ao vivo e em cores.
Ele chegou perto, olhando com estranheza o fato, um esboço de riso quase se formou, mas o assunto era sério, não podia demonstrar ironia diante de tantos familiares aflitos, perguntou ao menino sobre dores e este respondeu que nada sentia além do peso da panela.
Analisou a criança em silêncio, mexeu no pescoço, apalpou-lhe os gânglios e verificou as vértebras, mas nada de errado achou. Levantou da cadeira e segurando pelas alças da panela fez uma torção leve para um lado e para o outro, e o menino que estava suspenso pela panela desabou na cadeira para a surpresa de todos que assistiam da porta do recinto.
Foi muita alegria, a mãe abraçou o menino e depois correu para agradecer ao Dotô. Café fresco e bolo de tapioca, afinal a angustia havia terminado. A mãe, para espanto de todos os outros irmãos, amoleceu o coração e não deu a surra esperada. Para o menino foi muito mais que uma vitória, além da surra não dada agora brincava com os outros irmãos e vizinhos, onde era devidamente reconhecido como o Homem da Máscara de Ferro, e claro sem a máscara. O menino cresceu, assim como os outros irmãos inginheiro formado na capital. Fez família.
Por ironia do destino hoje é careca, o único da família, uns dizem que é por conta da panela, ou melhor, da máscara de ferro, mas para ele pouco importa, ele pode usar boné à vontade!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O Erro!

Na verdade está tudo errado. Começamos pelo título. O correto seria Observo-me em quase tudo.
Não, não é frustração, é pura constatação.
Li e reli tudo. Todos os Meus anseios e desejos de um tempo passaram por aqui. Junto com eles as frustrações, as perdas ou as "não conquistas", tudo o que no título do Blog não cabia.
Afinal, quem observa, observa algo, se esse algo é tudo, não está vinculado ao umbigo de quem escreve.
Tudo errado!
Algo de mal nisso? Não vejo, o erro e a sua constatação por quem erra acho que é uma das supostas virtudes humanas, mas... o que me incomoda no erro é a auto-constatação.
Ser pego errando e concordar não nos dá chance de retórica, não há muito o que fazer a não ser reparar, quando é possível, ou na pior das hipóteses, ficar com cara de cachorro que fez algo errado; cara de cão lambão. Mas aqui quem escreve se culpa, e haja chicotes e açoites.
Prometo, ou melhor, não prometo nada, mas tentarei melhorar e passar a observar o todo, tudo, e chega do meu circunspecto umbigo. BASTA!
Perdoe-me leitor.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Observando "O Perdão"

Faz tempo que não escrevo.
Alguns me perguntam se estou bem, o que tem acontecido. Explico: trabalho querido leitor, trabalho... sem ele a roda não anda e como ainda não fui agraciado com um cartão corporativo do (des)Governo, não ganhei os últimos R$20 milhões da Mega-Sena, porque também não jogo, só me resta continuar na labuta.
Mas estou bem, seguindo a “doce” rotina, ainda que de vez em quando ela teime em ficar meio amarga; mais açúcar!
Tenho algumas dívidas minhas para colocar por aqui... O texto sobre os ciclos, outro sobre o sonho do homem ser como Ícaro fazendo um paralelo aos brinquedos de criança e adultos, mas por falta de tempo (ainda), deixo-os com mais um texto do amigo e Mestre Manoel. Eu sei, é coisa de vagabundo copiar sem expressar opinião verdadeira, mas nesse caso a única opinião breve que posso dar é que o Autor consegue em poucas linhas explicar coisas não tão simples com maestria! Um brinde!

"O Perdão


É um ato de isenção ante situações desagradáveis, ofensivas, humilhantes e tantas outras formas de ofensa. Você se isenta daquilo; aquilo não é pra você; o endereço está errado.
O perdão não é um princípio de religião; as religiões é que o adotaram como norma de orientar-nos a sairmos da lei de causa e efeito. A lei de causa e efeito é da Física: a cada ação corresponde uma reação da mesma natureza e em sentido contrário.
Traduzindo em miúdos, tudo o que eu faço volta para mim. Esta é uma lei como o jogo de ioiô: joga-se o ioiô e ele volta. Se tudo o que eu faço volta para mim, o ódio que eu tenho por alguém volta para mim, a mágoa, a inveja, o medo tudo volta para mim, sedimentando sempre mais meu rancor.
Quando alguém me ofende, lança sobre mim uma carga de energia do movimento; eu posso receber ou não aquela energia; se dou atenção àquilo, estou recebendo aquilo; se revido, fico saturado da energia ruim que veio do ofensor; saio do meu normal e vou agir conforme ele quer. Se me mantenho em repouso, se a provocação é ignorada, a energia que veio volta para o agressor porque eu estou num nível de energia que a dele não alcança.
Está aí na Internet a história daquele monge provocado por um samurai; o samurai o ofendeu de toda forma. Depois de algumas horas, saiu xingando o monge de covarde por não ter aceitado o desafio. Então os discípulos:
- mestre, como é possível o senhor suportar tanto!
- quando alguém lhes traz um recado que não é endereçado a vocês, o que vocês fazem?
- nós devolvemos; houve erro de destinatário!
- aquele moço trazia um recado que não era para mim; era não receber.
Dá pra perceber o que é o perdão? É colocar-se nesse ambiente de neutralidade em qualquer circunstância da humilhação, usurpação, ingratidão.
O perdão não é o ato de dizer “eu perdôo”; isso pode não significar nada; o perdão é ato de me manter sereno diante das más intenções.
Quem perdoa sai da turbulência; quem perdoa entra em si. O perdão é uma espécie de esconderijo; eu me escondo das intenções ruins do ofensor; o perdão é uma capa de proteção. Estejamos protegidos.
O fato de eu perdoar não me isenta de levar o agressor à justiça. Se não fizer a queixa, eu estou sendo conivente com as atitudes do agressor; ele se sente estimulado a repetir as mesmas atitudes com outra pessoa.
Nos filmes em que aparece oposição bem e mal, uma das facções está sempre agitada; a oposta está calma, está neutra, já se deduz quem vai vencer, por maiores que sejam as estratégias do rival."
Texto extraído na íntegra do Blog Ser - Por Manoel Nery

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Livro velho, livro novo

Cem
meses
Sem
verdade
Cem
vezes
Sem
filhos
Cem
promessas
Sem
calor
Cem
viagens
Sem
poesias
Cem
projetos
Sem
vida
Cem
objetos
Sem
mais nada

Fechou o livro.
Agora escreva outro,
sem páginas numeradas, por favor.