segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Era meu Jardim!

Um belo jardim.
Flores e plantas de todos os tipos
Mil cores e aromas delicados.
Entre as pedras, sorrateira, um dia nasceu uma rara.
Tão nova que não haviam registros.
Para dedicação exclusiva, o jardim foi limpo
Nenhuma faixa de grama ou maria-sem-vergonha restou
Apenas a raridade.
Após alguns dias deu lindas flores, de formato e perfume indescritível.
Num gesto descuidado, seus espinhos finos, delicados, entraram na minha pele
Uma injeção de veneno me fisgou,
A visão escureceu e os sentidos se atrapalharam.
Adormeci por dias caído ao seu lado
Sonhei caminhar entre campos forrados dessa planta.
Ria feliz,
Manhã primaveril.
Quando acordei, era murcha, morta.
Na lembrança, o sonho recente: a beleza e o aroma no campo vasto.
O Jardim, era agora campo limpo, sem planta alguma
além das plantadas na memória.
Vivas demais.

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