Existem diversos textos e poemas de autoria negada pelo mundo. A prática é bem mais antiga que a invenção da web e do computador, mas com o advento destes, se multiplicaram os textos. Vem desde a troca de cartas (Aliás, a quanto tempo não escrevo, nem recebo uma carta...).
A algum tempo recebi ou li, agora não me recordo bem, um poema intitulado Saudades.
Versos bonitinhos, redondinhos, simples e tocantes, puramente doces.
O que me intrigava era o autor. Pablo Neruda.
Não cabia quanto a forma da escrita, aquela doçura sem igual, e o lógico: a palavra Saudades utilizada repetidas vezes que em castellano ficaria bem difícil.
Desmascarado o caso, apresento abaixo o poema e o autor. Para mim é o fim de uma busca. Caso encerrado.
SAUDADE
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por
quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...
Este poema não é de Pablo Neruda. É fala do personagem poeta Afonso Henriques, da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva.
Pobre Neruda, vendido por uma novela global... Nestas horas deve estar de bruços em sua alcova. Não acreditas? Lembre-se que ele era um idealista, socialista em sua essência!
Desmascarado o caso, apresento abaixo o poema e o autor. Para mim é o fim de uma busca. Caso encerrado.
SAUDADE
Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por
quem sentir saudades, passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido...
Este poema não é de Pablo Neruda. É fala do personagem poeta Afonso Henriques, da novela Fera Ferida, de Aguinaldo Silva.
Pobre Neruda, vendido por uma novela global... Nestas horas deve estar de bruços em sua alcova. Não acreditas? Lembre-se que ele era um idealista, socialista em sua essência!
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